24/06/2009

Uma maneira diferente de partir...

... e foi a pior maneira que escolhes-te para o fazer.
E eu nunca vou perceber o porquê. Desde que recebi a noticia, não consigo parar de pensar em ti e no que se está a passar. Estou confusa. Não consigo acreditar que é verdade e que realmente te foste embora... de vez! Estou á espera que o meu irmão me ligue. Deve estar a chegar de Lisboa... onde tu estás. Estou ansiosa e não vou conseguir adormecer sem saber porquê. Dei por mim a chorar e a tentar voltar atrás no tempo para procurar algo que tenha originado a situação. Porque simplesmente não me conformo. Lembro-me de fotos que tirámos, vejo-as constantemente... por exemplo naquele dia, naquele jantar, sentado ao meu lado... falavas da universidade que frequentavas. Recordo o teu olhar tímido. Das festas onde íamos e dançávamos... Da maneira como falavas comigo, dos olhares que trocávamos nas festas, cúmplices em brincadeiras e partidas... coisas simples... coisas que me faziam pensar que eras feliz...Da simples amizade que nos unia. Lembro-me de me pedires o meu e-mail... eu escrevi-to num papel, penso que o guardas-te mas nunca chegas-te a adicionar-me.

Podias ter desabafado comigo, eu podia ter puxado por ti, podia ter-te ajudado.
Podia ter sido diferente...
Podias estar cá... até podíamos estar a falar pelo suposto msn a esta hora, em vez de estar a escrever esta carta... como um desabafo, como se me estivesses a ouvir.Podias simplesmente estar cá.“Podias...”
A palavra que se repete vezes sem conta... E que vai estar na boca de toda a gente. E que vai desaparecendo aos poucos da nossa memória... Menos tu.

Porque o tempo pode encarregar-se de tudo... menos disso.
Estejas onde estiveres...

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