16/09/2014

Duas vidas... numa.

São quase 2 da manhã... e apesar de não me sentir inspirada para o fazer, precisei do nada de voltar a escrever. E recorri ao único sitio que eu sei, que posso dizer os maiores disparates Do mundo, sem ser julgada ou corrigida. Aqui =) Um canto que construí à tantos anos e que consegui reencontrar. Tal como mencionei... alguns anos já se passaram e mil coisas aconteceram. Posso já dizer que neste momento estou no sofá, a tv ligada num canal qualquer e tenho o meu companheiro  a dormir no quarto ao lado. Mas a razão principal para estar aqui novamente é só uma: o meu filho. Um filho que ainda tenho dentro de mim. E que me está a assustar de uma maneira avassaladora. A' parte da felicidade que se sente nesta fase completamente perfeita, o único sentimento maior e intenso que tenho é: preocupação. Acho que nunca na minha vida tive tanto medo de alguma coisa como agora. Deixei de pensar em mim. Neste momento, é tudo a família que estou a construir neste momento. E só sinto medo. Medo de nada correr bem. Medo de não ser aquilo que quero ser para o meu filho. Medo de o parto em si correr mal, medo de todas as fases que ele vai viver, de não lhe dar uma educação correcta ou principalmente de ele não a seguir. Medo que lhe falte alguma coisa, de ele não ter os pais por perto, medo de não ter uma relação com ele como a que eu tive com o meu pai. Pai...

Se pudesse, se fosse mesmo possível... se houvesse uma maneira de protege-lo constantemente, eu o faria. Protege-lo de uma simples queda de bicicleta ou dor de dentes. Protege-lo de um desgosto de amor ou de um falso amigo... protegê-lo de todas as situações negativas da vida. Tenho noção que é impossível... porque tanto o mau como o bom faz parte da vida de um ser humano. E é assim que crescemos, aprendemos e acima de tudo valorizamos.
Tal como o meu pai fez comigo.
4 meses de ligação, e o meu instinto de protecção é tanto que não consigo tirar as mãos da minha barriga...